Vânia Candelot

Constelação Gemelar

A Constelação Gemelar, diferentemente da Constelação Familiar, se dá através de um processo terapêutico de aproximadamente 8 atendimentos, onde a maior parte pode ser online, mas com pelo menos dois atendimentos presenciais.

Indicado para:

É indicada para clientes que apesar das Constelações Familiares continuam com movimento interrompido em direção à vida. Para aqueles que não encontram solução para o problema constelado, ou após pouco tempo recaem na mesma dinâmica e padrão de emaranhamento. Nesse caso, se trata de algo mais profundo, um componente interno, que as impede de tomar a vida, uma experiência Gemelar.

Conceito do Sistema Gemelar do Método Freni

Sistema Gemelar é um estudo sistêmico com base em observações fenomenológicas, de que a maioria de nós, somos “gêmeos sobreviventes”.

A Constelação Gemelar se move dentro do Campo Morfogenético Gemelar. Um campo próprio específico de cada um de nós, trata-se de você em primeiro lugar.

A vida está sujeita às leis da natureza, ou seja, se trata de biologia, física e química. E claro da atuação da Lei da Gravidade. As leis da natureza atuam também dentro do útero, e ali acontece “todas” as nossas primeiras vezes.

Todas as vezes que algo ocorre pela primeira vez se forma uma matriz, um automatismo, e o resto são apenas reações a esses acontecimentos. Ou seja, foi dentro do útero que pela primeira vez sentimos: alegria, surpresa, amor, mas também, a primeira vez que sentimos: medo, raiva, tristeza dentre outras emoções. Todas as primeiras vezes ocorrem junto a esses irmãos gêmeos dentro do útero. E fora do útero se trata apenas de repetições.

Período estudado pelo Sistema Gemelar

De acordo com o Método Freni, o gêmeo sobrevivente vive três grandes traumas intra-uterinos, nos primeiros 40-50 dias de vida, que se manifestam em seu corpo físico, registrados no Tronco Encefálico,  já que neste período o embrião só tem o cérebro reptiliano desenvolvido.

Há sempre um irmão ou irmã com um valor especial. É sempre um gêmeo em que o sobrevivente se reconheceu e identificou – mesmo sexo, mesmo tamanho, mesmo estado de desenvolvimento e funcionalidade: um “par”, por assim dizer. Na sua morte ocorre o movimento interrompido, o sobrevivente se reorganiza e se conecta com outro que também morre, criando novo trauma.

Os traumas vivenciados no útero, são transferidos para a vida do sobrevivente como se fosse um holograma, e as pessoas que passam pela vida desse sobrevivente, sempre ocupam o lugar, “de substitutos”, de algum dos irmãos gêmeos.

Método Freni de Constelação Gemelar

A metodologia foi desenvolvida pela Dra. Graziella Concetta Freni que, a partir de 2008, passou a estudar as constelações familiares junto a Bert Hellinger e Sophie Hellinger.

Na sua jornada de trabalho com as constelações familiares, foi percebendo que algumas pessoas mesmo após serem “consteladas”, continuavam com questões pendentes, principalmente no que diz respeito a movimentos interrompidos.

Em 2009, após um processo de adoecimento, compreendeu ser um “gêmeo sobrevivente”, e começou a conduzir seus primeiros seminários na Sicília, centrados no tópico. Em 2012 se formou Conselheira Profissional, especialista em Constelações Familiares com o Método Bert Hellinger®, onde apresentou a tese sobre Gêmeos Desaparecidos.

Sintomas Emocionais que o Gêmeo nascido sofre na Síndrome do Gêmeo Desvanecido

A perda do irmão gêmeo durante a gravidez, mesmo que inconscientemente, pode acarretar traumas profundos, sensações constantes de angústia, solidão, mesmo estando acompanhado, tristeza, insatisfação, rejeição e nostalgia podem estar ligadas a memórias remotas da vida intra-uterina.

Ciência e Síndrome do Gêmeo desaparecido

Apesar de causar estranheza em muitos de nós, a síndrome do gêmeo desaparecido, ou gêmeo evanescente, é muito comum e trata-se de uma defesa do organismo da mulher para garantir a sobrevivência dos demais fetos dentro do útero durante a gravidez.

Imagem de ultrassonografia de um útero com várias bolsas amnióticas vazias. Este  fenômeno refere-se à absorção natural num curto espaço de tempo. O feto simplesmente desaparece do útero da mãe.

Estudos apontam que a síndrome do gêmeo desaparecido acontece em cerca de 20% dos casos de gravidez, e que uma em cada oito pessoas começaram a vida com um ou mais irmãos gêmeos.

Embora não exista uma explicação, cientistas atribuem anormalidades na multiplicação dos cromossomos ou sobrecarga da placenta. Nesses casos, o próprio organismo sacrifica um feto para garantir que os demais sobrevivam.

Normalmente, seguindo o cronograma padrão de exames gestacionais, a primeira ultrassonografia é realizada num período em que alguns fetos podem ter sido reabsorvidos pelo organismo, sendo assim, ninguém ficará sabendo sobre sua existência.

Quando a síndrome do gêmeo desaparecido ocorre antes do primeiro trimestre de gestação, não há perigo de qualquer consequência para o outro bebê, mas a perda do irmão gêmeo durante a gravidez, mesmo que inconsciente, pode acarretar traumas profundos ao gêmeo nascido.